Quando atuamos num alimento natural com
métodos físicos e químicos, processos que dantes se qualificavam
de - enriquecidos – ou de - depuração – mas que hoje
reputamos de – desnaturalização -. Obtemos produtos energéticos
puros e quase sempre mais concentrados, como a farinha branca, o
açúcar branco, o arroz sem casca, o azeite refinado e as gorduras
em conservas, o sal de mesa, mas tudo isto privado quase totalmente
das suas características biológicas eficazes e sãs.
Por outro lado, também não devemos
esquecer que estes produtos da industria moderna, por causa da sua
excelente capacidade de duração, de armazenagem e de transportes se
tornam insubstituiveis para a formação de reservas e fornecimentos
distantes.
Mas, de qualquer modo, constituem
alimentos mortos, que necessitam de ser completados forçosamente com
alimentos frescos e vivos, isto é,com frutas de toda a espécie,
farinhas de cereais, nozes, saladas, etc.
Perigos da Excessiva Pureza
Vamos encontrar o mesmo problema na
elaboração de medicamentos.
Também se apresenta aqui a questão
seguinte: possui, porventura, a combinação de substâncias naturais
ou de substâncias puras isoladas o maior poder curativo?
Enquanto a investigação analítica
nos levou no campo da técnica para avanços que mal se suspeitavam,
sobretudo na obtenção de novas matérias-primas e elaboradas, nem
sempre tivemos sorte na medicina e na alimentação com matérias
isoladas e sintéticas.
Como os métodos dos diversos ramos das
ciências naturais, desde o descobrimento da morfina pelo
farmacêutico Serturner em 1816, vêm se analisando as drogas e os
efeitos dos diversos fatores que procuramos expor com a máxima
exatidão possível.
Chega se, deste modo, aos quadros dos
efeitos das substâncias puras, que possuem indiscutivelmente a
vantagem da dosifica são e resultados mais equilibrados.
Mas com frequência se juntava a isto
maior intolerância, maior toxicidade e pior solubilidade, pelo que
era preciso buscar primeiramente um solvente orgânico adequado.
Com respeito à solubilidade, diga se
de passagem que se chegou a pensar seriamente se a insolubilidade na
água e a solubidade em dissolventes orgânicos não seria uma etapa
prévia para a ação cancerígena das substâncias puras não se
prestou a devida atenção ao estudo do efeito da planta na sua
totalidade.
O descobrimento da matéria ativa
principal e o seu isolamento preenchiam o imediato objetivo
terapêutico.
Por isso, em princípio, desprezou se
toda a substância – complementar.
jorge Soares
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